Assegurar a vida é a função do IT Médico. Desenvolvido com tecnologia de ponta, o sistema é obrigatório para as instalações elétricas em locais médicos do Grupo 2, ou seja, ambientes onde são exigidas especificações especiais que garantem maior segurança a pacientes, equipe médica e equipamentos eletromédicos.
Tipos de sistemas
Indicado para todo local médico do grupo 2, o sistema da RDI BENDER utiliza somente componentes testados e certificados pelas exigentes normas internacionais.
Todos os nossos DSIs cumprem com os requisitos da norma IEC 61557-8:2014 e possuem as marcações AC/DC e MED estampadas já na fábrica. A marcação AC/DC é indispensável para qualquer hospital, pois somente medindo em DC (corrente contínua) é possível garantir que todos os equipamentos eletromédicos estarão sendo monitorados adequadamente. Veja o que diz a norma:
"If the IT system includes galvanically connected d.c. circuits, the device shall be able to detect insulation resistances RF within the entire IT system, as specified in this standard, even with insulation faults on the d.c. side (type AC/DC IMD).To cover all types of connected devices, it is recommended to use type AC/DC MED-IMDs."
Sistema IT Médico Básico
É composto por um transformador de separação até 10 kVA, DSI/DST (montado em painel de supervisão e proteção) e anunciador de alarme.
Sistema IT Médico com Localização de Falhas
Também é composto por um transformador de separação até 10 kVA, DSI/DST e anunciador de alarme, mas conta com o localizador de falha de isolamento (montados em painel de supervisão e proteção). Esse sistema microcontrolado tem sensibilidade para detecção simultânea de falhas, que, em poucos segundos, são identificadas.
Automação
A principal informação do Sistema IT Médico necessária para a automação é o status do sistema, ou seja, se ele está ou não com alarme. Através dessa informação, a manutenção atuará para corrigir a falha. Importante lembrar que a falha não se corrige automaticamente ou remotamente, por isso, a ida da equipe de manutenção até o local da falha é indispensável.
Todos os Sistemas IT Médico RDI BENDER podem ser incluídos na automação indicando o seu status.
Modelos mais modernos e avançados também estão disponíveis em nosso portfólio, nos quais além da informação dos alarmes, também é possível visualizar os valores das medições realizadas.
Quais são os locais médicos de Grupo 2?
De acordo com a RDC 50/20 os locais médicos do Grupo 2 são:
Urgência (alta complexidade) e Emergência:
Sala de procedimentos invasivos, de emergências (politraumatismo, parada cardíaca)
Imagenologia:
Hemodinâmica
Internação intensiva (UTI):
Áreas e quartos de pacientes Posto de enfermagem: se tiver central de monitoração do mesmo tipo dos locais dos pacientes para evitar interferências;
Centro cirúrgico:
Sala de indução anestésica (principalmente se forem utilizados gases anestésicos inflamáveis) Salas de cirurgia (não importando o porte) Sala de recuperação pós-anestésica (se possuir equipamento de sustentação de vida)
Centro obstétrico cirúrgico:
Sala de parto cirúrgico
Nestes ambientes, o local onde se encontra o paciente deve ser provido de instalação elétrica diferenciada das demais e com sistema de monitoramento e sinalização que permita à equipe médica ser informada quanto às suas condições de segurança elétrica.
Locais médicos são divididos em grupos
A instalação de sistema IT Médico em locais médicos do Grupo 2 é requerida por alguma norma?
Sim, a instalação de um sistema IT Médico adequado nesses locais é normativamente requerida, pois sua ausência pode ocasionar falhas que acarretariam até mesmo o óbito de pacientes. A exigência da instalação do sistema IT Médico consta nas seguintes normas:
RDC nº 50, de 21 de fevereiro de 2002 – Dispõe acerca do regulamento técnico para planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde (EAS).
RDC nº 51, de 6 de outubro de 2011 – Dispõe acerca dos requisitos mínimos para a análise, avaliação e aprovação dos projetos físicos de estabelecimentos de saúde no Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS) e dá outras providências.
ABNT NBR 13534:2008 – Instalações elétricas de baixa tensão – Requisitos específicos para instalação em estabelecimentos assistenciais de saúde.
Quais os riscos elétricos em locais médicos do Grupo 2?
Já em UTI, o número de leitos supervisionados por cada IT Médico dependerá do limite de potência do Transformador de Separação, que em nenhuma hipótese poderá exceder 10 kVA.
Sem a presença do sistema IT Médico, uma corrente de fuga à terra ou à massa pode causar:
- Microchoque (em procedimentos intracardíacos podem ser fatais);- Choque elétrico;- Queimaduras;- Paradas intempestivas de equipamentos eletromédicos e de sustentação da vida de pacientes, como os hospitalizados em UTI;- Desligamentos intempestivos dos disjuntores que alimentam os equipamentos eletromédicos de sustentação e monitoração de vida nos ambientes do Grupo 2.
Se, por um lado, uma sala cirúrgica ou uma UTI são ambientes amplamente sofisticados, em termos de equipamentos médicos, a presença de gases medicinais, soluções fisiológicas, sangue e saneantes expõe suas instalações elétricas e equipamentos a uma invisível, agressiva e progressiva degradação do isolamento elétrico de seus componentes.
Somando-se ao fato de que nesses locais o paciente possivelmente está sedado, sem controle de suas reações instintivas ou sem a pele– sua maior proteção natural contra choque elétrico –, torna-se imprescindível o controle e a manutenção de um total isolamento. Sem a devida instalação, uma corrente de fuga poderá passear livremente até encontrar sua vítima, que pode ser um paciente ou um membro da equipe médica, provocando interrupção de procedimentos, lesões graves ou até a morte.
Como deve ser a instalação elétrica em locais médicos do Grupo 2?
Em locais médicos classificados como Grupo 2 a ABNT NBR 13534:2008 exige a adoção de esquema de aterramento IT.
No esquema de aterramento IT não existe qualquer ponto da alimentação aterrado, nem mesmo o neutro. O aterramento tem a concepção técnica de isolar as partes vivas da terra, gerando um fornecimento de energia isolado para os equipamentos eletromédicos. Esse aterramento isolado garante que uma primeira falta à terra ou à massa seja de baixa intensidade e, assim, incapaz de gerar implicações para pacientes, equipe médica ou equipamentos.
A norma exige ao menos um Sistema IT Médico exclusivo para cada conjunto de locais destinados à mesma função, dessa forma, recomenda-se um Sistema IT Médico para cada sala cirúrgica, a fim de viabilizar a localização da falha.
Já em UTI, o número de leitos supervisionados por cada IT Médico dependerá do limite de potência do Transformador de Separação, que em nenhuma hipótese poderá exceder 10 kVA.
O que compõe o
sistema IT Médico?
DSI e Anunciador: monitoramento permanente
O DSI exclusivo para sistema IT Médico (MED) é o dispositivo que supervisiona permanentemente a condição da instalação para garantir a segurança. O anunciador dispara um alarme assim que a resistência de isolamento monitorada pelo DSI estiver abaixo do ajustado ou no máximo, quando atingir 50 K Ω.
Detectada a falta de isolamento, ela deve ser localizada e eliminada o mais breve possível para que uma segunda falta não provoque o desligamento automático do circuito por um dispositivo de proteção. Alguns sistemas de última geração são capazes de indicar automaticamente em qual circuito está a falta de isolamento, facilitando o trabalho da equipe responsável por corrigi-la. Descubra as vantagens de ter um sistema IT Médico com localização automática de falhas clicando aqui.
Transformador de Separação: isolamento
Um nível máximo de segurança é exigido em relação ao isolamento do paciente em procedimentos cirúrgicos e de sustentação de vida. O mesmo se aplica em relação a qualidade da energia dos equipamentos a este conectados.
Para garantir um aterramento IT, é necessário um transformador de separação para alimentar os locais médicos de grupo 2. Isso significa que o transformador isola a alimentação desses equipamentos de todos os outros circuitos do estabelecimento de saúde e de todos os circuitos do próprio local, para os quais não é exigido um aterramento diferenciado.